Fintechs apostam em novos produtos e serviços para desbancarizados

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Ignorados por muito tempo pelas instituições financeiras tradicionais, os desbancarizados se tornaram “sonho de consumo” das fintechs, que veem neste segmento consumidores com apetite por serviços e produtos digitais que atendam às suas necessidades. 

De acordo com o sócio da consultoria Spiralem e diretor para América do Sul da FDATA, Bruno Diniz, o mercado brasileiro oferece muitas oportunidades para quem aposta neste segmento. “Elementos como o open banking e o Pix podem ajudar a florescer o segmento com novas soluções financeiras”, afirma, lembrando que a pandemia do Covid-19 contribuiu para trazer muitas pessoas para a era digital. 

“Muitas pessoas desbancarizadas precisaram do auxílio emergencial e, nesse sentido, o Caixa Tem trouxe muita gente para o mercado. Foram cerca de 100 milhões de pedidos de auxílio. Houve uma gama muito grande de pessoas que tiveram o seu primeiro acesso com o mundo digital a partir deste aplicativo”, diz. “Hoje, essa pessoa está mais propensa a consumir produtos de outros participantes de mercado”. 

Segundo dados do Instituto Locomotiva, ainda existem 34 milhões de pessoas que não possuem contas em bancos. Diante do potencial de negócios para este público, as fintechs começaram a investir fortemente em estratégias de negócios a partir de tecnologia, para entender esse público e desenvolver produtos e serviços específicos, com potencial de retorno financeiro.  

O Finsiders conversou com InoveBanco, Veriza, Grão, Jeitto e BLU365 e todos os executivos foram unânimes em afirmar que o segmento tem grande potencial de negócio, mas é preciso “educar” esse consumidor para que ele tenha uma boa experiência digital e aprenda a usar os produtos de forma consciente, para evitar futuros endividamentos. 

O InoveBanco, por exemplo, nasceu da necessidade de simplificar os meios de pagamentos e, para isso, investiu fortemente em tecnologia, o que permitiu agregar agilidade e reduzir as burocracias. Segundo o CEO e fundador Patrick Burnett, um dos diferenciais da fintech é o atendimento pessoal, sem robôs, o que permite um relacionamento humano, além de contribuir para entender melhor as necessidades dos clientes e adaptar as soluções para cada realidade de negócio.

“Além de toda a estrutura tecnológica, o acesso e o uso fácil, também focamos no atendimento humano, em que o cliente não é um número, é uma pessoa ou uma empresa que precisa falar com a gente. Além disso, outro grande diferencial é a infraestrutura em forma whitelabel, focando nesta identidade de ser a fintechs das fintechs”, afirmou, acrescentando que para isso, também investe em uma estrutura voltada para o B2B. “Tem um grande movimento de varejistas que enxergam que podem ter seu próprio banco e ir além. Nossa estrutura contribui para isso”, explica.

Burnett não quis revelar quanto a fintech já recebeu de investimento, mas antecipou que tem conversado com dois grandes fundos – um do Brasil e um de fora – para uma possível captação. “Chegamos no momento de crescimento exponencial em termos de volume de transações. Estamos conversando com dois players para fazer captação, estamos em busca de um parceiro robusto”, disse, acrescentando ainda que o parceiro internacional é de um dos países dos Emirados Árabes. 

A Veriza, uma fintech que começou a operar em junho do ano passado, decidiu atuar no segmento de crédito, mas saiu do tradicional e criou o aval solidário. Nele, um grupo de três pessoas — um líder e dois convidados amigos — se responsabilizam pelo empréstimo um do outro. “O fato das pessoas se conhecerem garante um risco baixo, pois ninguém quer dar problema para um conhecido”, pondera, acrescentando ainda que em breve, será possível formar grupos de até 10 pessoas. 

O CEO e Founder da Veriza, Juvêncio Braga, disse ainda que 90% do crédito solicitado é para capital de giro e os valores variam de R$ 500 a R$ 1,5 mil. “Temos que emprestar o que a pessoa precisa. Crédito precisa ser tratado como remédio, na dose certa”, afirma. A operação conta apenas com 120 operações, mas até o final do ano, o objetivo é atingir 1 mil transações. “Somos correspondentes bancários e nosso ganho vem da oferta de serviços. Temos contrato com a Biorc, instituição de Santa Catarina”, explica. 

A fintech foi acelerada pela Cotidiano em 2020 e, no final do ano participou de um concurso desenvolvido pelo Banco de Investimento da América Latina e Caribe, onde foi uma das 11 ganhadoras e a única fintech brasileira. Como premiação, está sendo acelerada pela Ventures, do Google. A Veriza ainda não recebeu investimentos de terceiros, mas vai começar a conversar com investidores.  

A Grão, lançada em 2019, nasceu com o propósito de estimular hábitos de poupança nas pessoas e, para isso, lançou em 2019 um aplicativo que permite investimentos a partir de R$ 1,00. “A ideia é conscientizar de que é possível guardar dinheiro. A gente vai mostrando ao cliente que o dinheiro dele pode render e eles ficam muito felizes ao verem os primeiros centavos”, revela a CEO e fundadora da Grão, Monica Saccarelli

De acordo com a executiva, a fintech também atua no B2B e, atualmente, tem uma parceira com o Banco Pan. “Temos interesse em outras parcerias. Se alguma empresa quiser usar nossos APIs, estamos abertos a conversar”. A Grão já recebeu R$ 7 milhões em investimentos próprio e de terceiros, e tem no captable os fundos Astella Investimentos, Vox Capital e Domo Invest. A fintech, que também participou do programa de aceleração da Visa, está estruturando uma nova rodada de investimentos para o início do terceiro trimestre, diz Monica. 

Além da conta poupança, a fintech passou a disponibilizar este ano aos seus clientes uma conta digital e um cartão de débito. Para o final do ano, a expectativa é dobrar o número de clientes para 100 mil. “2020 foi um ano muito positivo, crescemos cerca de quatro vezes. Tivemos uma forte expansão no Nordeste”, afirma.

Na semana passada, a Grão também anunciou que começará a oferecer microcrédito para os clientes que guardam dinheiro com frequência no app, como uma forma de antecipar a conquista dos seus objetivos. Assim, quem tem um objetivo como carro, por exemplo, terá como conquistar isso em menos tempo. A linha é fruto de uma parceria com a fintech de antecipação de recebíveis Cacau Crédito, que já estava prestes a entrar em outras modalidades de crédito, como revelou o Finsiders em março deste ano.

A BLU365, fintech voltada para a negociação de dívidas e que atua com desbancarizados e ex-bancarizados, tem como objetivo ajudar os clientes a ficarem “no azul o ano todo”. “Nós somos uma empresa de tecnologia que desenvolveu 86 modelos de machine learning, usando inteligência artificial e dados, para entender o comportamento do cliente e, via estatísticas, ajudar em sua trajetória por meio de uma comunicação mais assertiva”, explica o CEO e fundador da Blu365, Alexandre Lara. Entre os 17 clientes B2B, está a Natura. 

No ano passado, a fintech lançou o Blue Cash, após verificar que muitas empresas estavam com dificuldade de liquidez em razão da pandemia. “Identificamos uma oportunidade e lançamos o produto, que compra a carteira de inadimplentes das empresas”, explica, acrescentando que atua na venda de seus modelos estatísticos para empresas interessadas em ter sua própria área de cobrança.

A fintech nasceu em 2015, com investimentos próprios de Lara e de seu sócio, Paulo de Tarso. Em 2016, recebeu aporte da Monashees, que foi usado para “desenvolver uma série de capacidades”. Em 2019, uma nova rodada contou com KPTL, Distrito e Plug and Play, e os recursos foram usados para desenvolver o Blue Cash. 

Este ano, já foi fechado um novo investimento e os recursos serão usados para a compra de carteiras de inadimplentes. “Hoje, no Blue Cash, temos R$ 150 milhões em carteiras compradas, com este aporte nossa meta é atingir R$ 1 bilhão até o final do ano”, relevou, acrescentando que o total de débitos da empresa é de 60 bilhões. O empreendedor revelou ainda que pretende fazer uma nova captação até o final do ano e que os recursos serão usados para acelerar o crescimento e ocupar outros mercados, inclusive regiões fora do Brasil. “Estamos analisando parcerias na América Latina”, disse. 

O Jeitto, que também atua no segmento de crédito, cresceu bastante em 2020 e as expectativas para este ano são ambiciosas conforme revelou o cofundador Carlos Barros recentemente ao Finsiders.

(Alessandra Taraborelli, para o Finsiders. Colaborou Danylo Martins)

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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