Microcrédito em grupo é a aposta da Veriza, que capta R$ 1,5 mi em 19h

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(Atualizada às 13h30 para informar sobre o fechamento da captação) Microcrédito em grupo, 100% digital. Essa é a aposta da fintech Veriza, que está abrindo uma rodada de captação hoje na CapTable, plataforma especializada em investimentos em startups. A fintech inaugurou sua captação ontem e, em 19h, levantou R$ 1,5 milhão. Ao todo, 364 investidores se tornaram sócios da Veriza com investimentos a partir de R$ 1 mil. A notícia foi divulgada em primeira mão para o Finsiders. 

Fundada em junho do ano passado, a startup desenvolveu um modelo de negócio, em que um grupo de três pessoas — um líder e dois convidados amigos — se responsabilizam pelo empréstimo um do outro. É o chamado aval solidário digital que, segundo a empresa, viabiliza o acesso ao crédito por microempreendedores, com uma inadimplência reduzida, já que os integrantes do grupo compartilham o risco.

“Temos que emprestar o que a pessoa precisa. Crédito precisa ser tratado como remédio, na dose certa”, explicou Juvêncio Braga, CEO e Founder da Veriza, em entrevista recentemente ao Finsiders. Ele disse ainda que 90% do crédito solicitado é para capital de giro e os valores variam de R$ 500 a R$ 1,5 mil.

Em 2020, a fintech foi acelerada pela Cotidiano. Além disso, foi uma das 11 ganhadoras — a única brasileira — de um concurso desenvolvido pelo Banco de Investimento da América Latina e Caribe. Como premiação, está sendo acelerada pela Ventures, do Google. Um convênio com a Fundação Assis Chateaubriand, para o programa “Todas Elas”, voltado para formação de mulheres empreendedoras, também estão no currículo da fintech.

Com apenas 120 operações já realizadas, a Veriza tem como objetivo atingir 1 mil transações até o fim do ano, disse Braga. A projeção da startup é aumentar seus resultados operacionais para R$ 43 milhões, realizando mais de 225 mil operações até o ano de 2025. A startup opera como correspondente bancário da Biorc, instituição de Santa Catarina. 

A fintech possui um plano de expansão que conta com parcerias com instituições financeiras, buscar recursos de fundos de direitos creditórios e até mesmo contar com recursos de fundos dedicados a iniciativas ESG. “Nossa meta é atender os empreendedores que são esquecidos pelas instituições financeiras tradicionais. Segundo dados do IBGE, o Brasil conta com mais de 30 milhões de microempreendedores informais, que podem contar conosco para conseguir crédito e estimular o crescimento de seus negócios”, completa o founder.

Modelo de negócio

Para ter acesso ao crédito, o microempreendedor deve acessar a plataforma da Veriza, fazer a simulação de empréstimo e depois convidar outros empreendedores que fazem parte de seu convívio social. Os convidados devem aceitar o convite, fazer um cadastro e, após essas etapas, a Veriza realiza uma análise de crédito para então liberar as cédulas de crédito bancário que devem ser assinadas pelos empreendedores.

Ao fim deste processo, os valores são liberados aos participantes que têm até seis meses para fazer o pagamento do crédito. A Veriza entrega o grupo de microcrédito para instituições financeiras e recebe uma comissão pelo valor total emprestado. Além das comissões, a startup recebe porcentagens das vendas de produtos como seguros de vida e acidentes pessoais.

O recurso da captação na plataforma de equity-crowdfunding irá para o crescimento da fintech, assim como para o fortalecimento das equipes de UI/UX, desenvolvedores, inside sales e operações, marketing digital, investimento em ambiente de tecnologia, tecnologias de avaliação de risco e integração tecnológica. 

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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