Ripio capta US$ 50 mi e traz fundador do Mercado Livre para o captable

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Depois de adquirir a BitcoinTrade no início do ano, a argentina Ripio, uma das principais exchanges do país e uma das pioneiras do setor cripto na América Latina, acaba de levantar US$ 50 milhões em rodada Série B, liderada pelo Digital Currency Group (DGC).

O fundo Amplo VC e participantes individuais, como Marcos Galperin (fundador e CEO da Mercado Livre) e Martin Migoya (fundador e CEO da Globant) entram para o rol de investidores do Grupo Ripio, que já conta com DCG, Tim Draper, Boost.vc., entre outros.

O investimento ajudará a fortalecer a posição da companhia na região, que acaba de ultrapassar 2 milhões de usuários distribuídos predominantemente entre seus dois principais mercados, Argentina e Brasil.

Fundada em 2013, a Ripio já formou alianças estratégicas com Mercado Pago, Visa e Circle. Além disso, a empresa já realizou auditorias de compliance externas da E&Y e PwC e montou uma equipe de 300 pessoas na Argentina, Brasil, Uruguai, México, Colômbia e Espanha, países nos quais a companhia segue em expansão.

No ano passado, tornou-se a única empresa cripto latino-americana selecionada pelo Fórum Econômico Mundial como pioneira em tecnologia, sendo atuante em vários grupos de trabalho do órgão relacionados à adoção de criptomoedas e cenário regulatório. Ao mesmo tempo, fortaleceu sua unidade OTC (mesa de balcão), que oferece soluções cripto para investidores institucionais e empresas — um mercado no qual o Mercado Bitcoin vem avançando, com a criação da MezaPro.

“Esta rodada é um avanço natural que nos permite continuar construindo e expandindo nossos produtos na região, com a missão de ampliar o acesso ao mundo cripto, criando ferramentas simples e oferecendo recursos educacionais de qualidade para conhecer o universo cripto”, disse Sebastián Serrano, cofundador e CEO da Ripio, em comunicado.

O novo aporte chega em um momento em que o mercado está superaquecido. Hoje, o Brasil possui 90 startups que fornecem soluções de blockchain para o setor financeiro. Elas estão divididas em três subcategorias, conforme o produto ou serviço financeiro que têm como foco: na dianteira, aparecem as startups de câmbio e moeda (51 negócios, ou 28,2% do total). Em seguida, estão as carteiras digitais com 22 companhias (12,2%) e por fim, as de marketplace e crédito P2P, com 17 empresas (9,4% do total). É o que apontam dados da empresa de inovação Distrito.

Na toada dessa evolução, ganham força as aberturas de capital das corretoras ou exchanges de criptomoedas. A Coinbase estreou em abril na Nasdaq valendo US$ 85 bilhões com uma listagem direta. Aqui no Brasil, o Mercado Bitcoin já contratou bancos para fazer seu IPO (sua controladora, a 2TM, recebeu um aporte do SoftBank Latin American Fund no início de julho).

A corretora Foxbit disse ao Estadão hoje que negocia captação com bancos para ampliar a sua operação, que começou em 2014. Fintechs como Zro Bank, Bitso, Hashdex e Alter (comprada pelo Méliuz) também avançam no mercado cripto. Um segmento que agora também atraiu o BTG Pactual, que prevê lançar no próximo trimestre a plataforma de criptoativos Mynt.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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