Especial | Hiperautomação vai exigir mudança cultural do setor financeiro

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Todo mundo se lembra da primeira vez em que teve que ir ao banco para abrir uma conta, certo? Pois bem. Com certeza você deve se recordar mais das horas e horas de espera até ser atendido do que pela finalização do processo propriamente dito. Do outro lado da mesa, a dificuldade em lidar com a grande quantidade de dados gerada pelos clientes também era motivo de preocupação.

Entretanto, o avanço da tecnologia tornou essas atividades cada vez mais facilitadas, gerando benefícios para os dois lados. Com a automação dos processos financeiros, já conhecido pelas instituições, elas passaram a ganhar velocidade e reduzir gastos em tarefas repetitivas.

Ocorre que nesse meio tempo, as empresas começaram a enfrentar complicações não só pela falta de visão detalhada sobre as atividades, como também para integrar outras tecnologias ao sistema. É aí então que entra um novo componente para este movimento: a hiperautomação.

Considerada uma das principais tendências em tecnologia para os próximos anos pelo Gartner, ela está inserida em um mercado que deve movimentar pouco mais de R$ 596 bilhões (isso mesmo que você leu!) no ano que vem, de acordo com a consultoria. Mas então quais as vantagens que essa metodologia tão eficaz e lucrativa pode trazer para os bancos?

“O primeiro grande impacto da hiperautomação é o ganho de velocidade nas operações. O que anteriormente era realizado por uma equipe multidisciplinar, hoje pode ser realizado através de ferramentas que fazem uso de base de conhecimento e inteligência artificial, trazendo segurança e agilidade ao processo”, afirma Carlos Missao, diretor de soluções de inovação para clientes da GFT Brasil, consultoria multinacional de TI.

Dentro deste guarda-chuva, além da IA, estão ainda tecnologias como machine learning e robotic process automation (RPA) — este, inclusive, tido como o principal ingrediente para a hiperautomação, nas palavras de Carlos.

“Utilizando de todos esses artifícios, a transformação no mercado financeiro tem sido observada através da minimização de erros, redução de custos operacionais, risco minimizado de gestão, além de melhor controle de processos e escalabilidade. É uma ferramenta estratégica para que a companhia se mantenha competitiva no mercado”, acrescenta.

Menos falhas, mais produtividade

Não é de hoje que a questão da segurança é um dos grandes desafios enfrentados pelas instituições financeiras. Com as crescentes tentativas de invasão aos sistemas bancários, a adoção de medidas que tornem-os menos vulneráveis a estes ataques se torna cada vez mais necessário, e a hiperautomação tem um papel importantíssimo neste contexto.

Ela não só aumenta a confiabilidade dos processos como também identifica essas falhas com mais rapidez. Hoje em dia, modelos como verificação de identidade do cliente por meio de fotos, por exemplo, têm reduzido o risco de fraude de qualquer natureza. Para Thiago de Assis, CEO da Stoque, empresa que desenvolve soluções de automação inteligente e digitalização de processos e documentos, essas tecnologias têm evoluído muito rapidamente.

“Existe um conjunto de controles. Há muita troca dos bancos, o que é obrigatório para todos cumprirem. A gente está falando de uma tecnologia de ponta que está sempre virando. É quase como se fosse um queijo-suíço. Pode passar de uma camada, mas pode ser pego em outra. A hiperautomação faz parte de uma jornada sem fim”, afirma.

Recentemente, a empresa fechou uma parceria com a consultoria de negócios Falconi para automatizar esteiras de crédito, conforme o Finsiders noticiou com exclusividade. Com 18 anos de atuação e mais de 230 clientes na carteira, por lá, mais de 60% das propostas de consignado já são formalizadas sem intervenção humana, desde a originação, análise de documentos até a formalização do contrato.

Desafio para as instituições

Essa jornada, citada anteriormente por Thiago, deve começar já no ‘back office’, onde até certo tempo, a análise de documentos e execuções de processos eram controlados por e-mails e planilhas, gerando muito retrabalho e tornando o sistema mais suscetível à erros — estes que invariavelmente, eram repassados ao consumidor.

Ele também lembra que nos últimos anos, os bancos destinaram muitas das suas atenções para o ‘front office’, o que de certa forma, fez com que elas avançassem bastante em termos de negócio, por exemplo, mas acabaram deixando um pouco de lado a jornada do cliente, que era rompida.

“A pouca automação faz com que no Brasil demore muito tempo para aprovar as coisas. A expectativa com a hiperautomação, portanto, é contribuir para a digitalização de toda a jornada do cliente (front, middle e back office). Ao digitalizar tudo, ganhamos eficiência operacional e segurança da informação. Mas não é apenas sobre fazer mais barato: é sobre fazer melhor e ganhar mais dinheiro”, destaca.

Ele comparou ainda o comportamento de uma instituição maior com uma de médio porte, sobretudo na instalação de um sistema que seja de fato eficiente. Para Thiago, no caso das grandes instituições, o grande obstáculo não é o dinheiro, mas a velocidade das mesmas em implantarem as tecnologias.

“Eles têm ‘grana’, mas não conseguem mudar rapidamente porque a infraestrutura tem uma velocidade de evolução”, diz. Desta forma, essas organizações acabam tendo que ir a mercado para atuar de forma mais rápida, não só com seus parceiros, mas também por meio de programas de inovação aberta.

No caso dos bancos médios, o problema é ainda maior, já que muitos deles não possuem recursos suficientes (o que os obriga a ir atrás de recursos) nem volume de operações que permitam investir em processos de hiperautomação. A velocidade de execução também acaba sendo um empecilho neste caso.

Entretanto, mesmo com estes entraves, Thiago acredita que as fintechs possuem um potencial maior do que os ‘bancões’ quando o assunto é competitividade. Para ele, com mais tecnologia, aquelas instituições têm capturado algumas ‘mordidas do mercado’, sobretudo com produtos inovadores.

“Tem uma competição no pós-venda, a capacidade de receber e fazer a carteira girar. É maior do que a gente imaginava. Não é só sobre a capacidade de atrair e converter o cliente, mas a gente tem carteiras saudáveis. A gente também vai ter esse elemento da competitividade, não só pelo cliente, mas pela viabilidade dos modelos financeiros”, diz.

Mão de obra qualificada

As vantagens da hiperautomação também se estendem aos funcionários das instituições, que passam a se dedicar a tarefas mais estratégicas e de valor mais agregado para a companhia. Porém, quando o assunto são profissionais qualificados em tecnologia da informação, o Brasil está com um desafio tremendo.

Recentemente, um relatório divulgado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom) revelou que o mercado de TI demandará 420 mil profissionais até 2024. Atualmente, o Brasil forma, em média, 46 mil pessoas com este perfil por ano, número bem abaixo dos 70 mil que seriam necessários para atingir a meta estipulada.

“A criação de programas internos para formação e capacitação de profissionais que já estejam adequados à cultura da empresa parece ser o melhor caminho neste momento”, aponta Carlos, que não acredita em uma mudança brusca de cenário a curto prazo. A empresa, inclusive, é incentivadora do projeto Meu Futuro Digital, um ecossistema de empresas e entidades que buscam acelerar a inclusão de jovens e profissionais na área de TI no Brasil.

Henrique Castro, professor de finanças da FGV-EESP, também defende que a atualização dos colaboradores é muito mais viável do que a troca deles dentro das instituições. “Os funcionários são pessoas que já receberam muito investimento da empresa em capacitação. Os bancos não estão muito interessados em fazer troca. Essa tem sido a cultura”, aponta.

Neste contexto, portanto, engana-se quem pensa que a hiperautomação vai substituir a mão de obra humana, uma questão muito debatida nos dias atuais.

“O objetivo principal da hiperautomação não é este. Você vai ligar sistemas inteligentes, elaborados por pessoas que oferecem inputs via programação. Além disso, você tem uma grande quantidade de mão de obra no oferecimento da solução e a máquina, por sua vez, vai oferecer relatórios que serão utilizados pelas pessoas para análise de negócio”, diz o docente.

Thiago ainda ressalta um comportamento interessante em relação à questão da eficiência operacional. Com a entrada de novas tecnologias e consequente redução do grupo de pessoas necessárias para rodar uma operação, a empresa passa a ter capacidade de criar produtos e modelos de negócio que antes ela não tinha condições. Ocorre, portanto, o que ele chama de uma ‘inversão da roda’.

“Antes, você estava reduzindo pessoal que trabalhava em backoffice, mas com salário menor. Depois, você para de reduzir essas pessoas, tem que pagar um pouco a mais, porque os skills necessários começam a mudar. Mas depois volta a aumentar de novo. Há um enriquecimento de uma mão de obra mais operacional para uma cada vez mais analítica e fluente digitalmente”.

Sinônimo de economia?

Discussões à parte, uma coisa é certa: em qualquer setor da sociedade, a redução dos trabalhos manuais impacta diretamente na diminuição dos gastos com pessoal.

No caso do financeiro, as empresas economizam não só recursos humanos como também na implantação do chamado ‘time to market’, que é o período gasto no desenvolvimento de um produto, desde o momento de sua criação até o anúncio final para os clientes. E isso tem uma explicação, segundo Carlos.

“O RPA trabalha com plataformas conhecidas como ‘low code’, interfaces programáveis em uma linguagem mais ‘amigável’ e inteligível para uma pessoa que não é formada em tecnologia”. Ele observa que um terço dos esforços em qualquer backoffice pode ser reduzido com uso de automação nos dias atuais.

Recentemente, a GFT criou um processo automatizado para uma empresa de varejo disponibilizar documentos como segunda via da fatura de cartão de crédito, por exemplo. Em três meses, a quantidade de chamadas no call center diminuiu em 27%. Em números, de acordo com Carlos, isso “representou uma economia da ordem de dezenas de milhões de reais”. Desde o início da pandemia, a procura pelas soluções da empresa aumentou em 300%.

Atualmente, a companhia atende os principais bancos brasileiros (Itaú, Bradesco, Safra, Santander, Original, BTG Pactual), internacionais (UBS, Credit Suisse, Deustche Bank e Rabobank), além de instituições como B3, Serasa Experian, entre outras. “O primeiro banco 100% digital brasileiro foi desenvolvido com apoio da GFT, especialmente na automação do processo de onboarding dos seus correntistas. Isso já remonta há mais de 5 anos”, lembra o diretor.

Expectativas?

Para qualquer companhia, seja ela financeira ou não, abraçar o uso da tecnologia e entender que os processos podem ser melhorados é o primeiro passo para definir uma estratégia de hiperautomação.

Neste sentido, segundo Carlos, é preciso que as instituições estabeleçam um grau de maturidade em relação à automação, desde o nível mais básico, quando a empresa sequer conhece todos os seus processos e eles não estão total e devidamente documentados, até o nível mais avançado, quando a automação já acontece, é mantida de forma perene, e evolui de forma contínua na infraestrutura de tecnologia, sem rupturas no processo tecnológico.

“A principal mudança é cultural. Toda empresa deve se enxergar nesta escala para poder tomar as corretas decisões de negócio e ações para implementação de jornadas de automação ou hiperautomação”, aponta.

Já Thiago, da Stoque, destaca que é difícil dizer como essas tecnologias estarão daqui há alguns anos. O desafio, segundo ele, será a construção e manutenção dos modelos de negócio para suportar todo esse movimento de mudança. “O mais difícil é atrair, reter e desenvolver as competências humanas. Acho que não vai ser tanto sobre a tecnologia. É preciso que haja um movimento de formação”.

Por outro lado, Henrique acredita que a hiperautomação trará muitos benefícios ao produto final de todo o processo, o cliente, que deve ter serviços mais customizados. “Para as pessoas, isso pode trazer segurança. A gente quer que o banco esteja à frente. Tem o bem-estar financeiro e a parte de segurança. Essas coisas vêm com o tempo”, afirma. A conferir.

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Giovanni Porfírio é jornalista com cinco anos de carreira, foi editor web no Startupi antes de chegar ao Finsiders. Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pós-graduando em Produção e Práticas Jornalísticas na Contemporaneidade na Faculdade Cásper Líbero (FCL), teve passagens, ainda, por RICTV Record Londrina e Folha de Londrina.

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