Como o Open Finance vai impulsionar o mercado de investimentos

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O volume investido por pessoas físicas somou R$ 3,7 trilhões no ano passado, um aumento de 13,4% em relação a 2019, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Foi o maior crescimento anual desde o início da série histórica, em 2014. Um sinal de que os brasileiros aproveitaram a queda da taxa básica de juros (Selic) desde 2017 para incrementar a cesta de aplicações financeiras.

Não há dúvidas de que o assunto investimentos vem se popularizando. A evolução de contas de investidores pessoas físicas (PF) na B3 exemplifica bem esta tendência. Em 2018, a bolsa tinha pouco mais de 800 mil investidores PF, quantidade que saltou para 3,2 milhões ao final de 2020. Em outubro, a base de contas abertas pelas pessoas físicas na bolsa ultrapassou 4 milhões, de acordo com dados divulgados ontem (3) pela B3.

Por mais que tenha evoluído nos últimos anos, com o surgimento de novas plataformas digitais, corretoras e gestoras, a indústria de investimentos ainda está concentrada nos grandes bancos. Com o Open Finance — que se inicia oficialmente em dezembro –, a expectativa é que a concorrência fique ainda maior. Sai ganhando o consumidor que, ao compartilhar seus dados, poderá comparar melhor as ofertas de investimento e negociar melhores retornos para suas aplicações, por exemplo.

Hoje, o desafio é grande, já que as informações estão espalhadas entre os diversos players, sem que o usuário consiga ter uma visão ‘holística’ dos dados financeiros e dos investimentos.

“Fazer a portabilidade de investimentos, hoje, é algo extremamente complexo. Com o Open Finance, isso pode ficar mais fácil”, aponta Albert Morales, general manager da Belvo.

Como já vem ocorrendo em outras verticais do ecossistema de fintechs, a tendência é que as empresas apostem em ofertas para determinados segmentos ou nichos de mercado, por exemplo, previdência ou criptoativos. Neste cenário, também ganham força os consolidadores de investimento, assim como grandes bancos, que criam suas próprias plataformas de agregação. “Todo mundo vai batalhar para oferecer estas experiências ao usuário. A pergunta-chave é como vão fluir esses dados.”

Já com dois anos de operação, a Belvo está empoderando a nova geração de produtos financeiros no Brasil, com agregação de dados bancários e da ‘gig economy’. Agora, a fintech está adicionando o acesso a dados de investimentos, por meio de uma API, que consolida ativos de renda fixa e renda variável, inclusive com análise e cálculo da rentabilidade das aplicações nos últimos anos.

“Fazemos um tratamento exaustivo dos dados e tiramos a complexidade da interpretação destas informações, entregando às empresas dados de fácil entendimento e aplicação. Estamos antecipando o Open Investments no Brasil”, diz Albert.

Atualmente com dezenas de clientes no Brasil — incluindo fintechs de previdência privada como Onze e Saks –, a Belvo tem conexão com mais de 50 instituições financeiras, além de estar plugada com os principais players da gig economy, como Rappi, Uber e Uber Eats. Em breve, a fintech também estará conectada às principais corretoras de valores no país.

Segurança em primeiro lugar

Uma das principais preocupações da Belvo é também com o desenvolvimento e implantação dos melhores padrões internacionais de segurança da informação na América Latina. Tanto é que acaba de conquistar a ISO 27001, uma certificação que pouco mais de uma centena de empresas no Brasil têm, de acordo com pesquisa da ISO divulgada no final de 2020.

Emitida pelo auditor externo Moss Adams, a certificação atesta que a Belvo cumpre os cem requisitos que a Organização Internacional de Normalização (ISO) estabelece para a implementação de um Sistema de Gerenciamento de Segurança da Informação.

Fundada por Pablo Viguera e Uri Tintore em 2019, a Belvo iniciou suas operações no Brasil no ano passado. Em junho deste ano, levantou US$ 43 milhões (R$ 225 milhões, no câmbio da época), com investidores como a Future Positive, gestora de venture capital de Fred Blackford e Biz Stone (um dos primeiros investidores de Pinterest, Square e Beyond Meat), além de Kibo Ventures e FJLabs.





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