Dimensa, JV da Totvs e B3, compra Mobile2you por R$ 26,9 milhões

Foto: Reprodução (LinkedIn)
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A Dimensa, JV (joint-venture) entre Totvs e B3, acaba de fechar a sua segunda aquisição desde que o negócio foi criado.

Na noite de segunda-feira (31), a companhia divulgou a compra, por R$ 26,9 milhões, de 100% da Mobile2you, de Caio Bretones, uma mobile house que desenvolve apps financeiros para empresas que buscam entrar no mercado de fintechs.

Com mais de 30 clientes e 80 pessoas na equipe, a Mobile2you teve receita bruta anualizada de aproximadamente R$ 11,1 milhões no resultado do quarto trimestre de 2021. No portfólio, estão empresas como Linx, Digio e Linker, entre outras.

Com esta segunda aquisição — em janeiro, a companhia comprou a InovaMind Tech, de inteligência artificial e big data –, a Dimensa amplia sua oferta de produtos e serviços para o mercado de bancos e fintechs.

No portfólio, a empresa tem uma plataforma para processamento e controle de middle e back offices de fundos de investimento, outra de core banking para pequenos e médios bancos, além de uma para processamento e gestão para administradoras de cartões private label.

“Com a crescente digitalização do mercado financeiro, crescem também as necessidades por soluções que ajudem em toda a jornada do usuário, e a chegada da Mobile2you agrega justamente essa experiência e fortalece ainda mais nosso portfólio de soluções”, afirma Denis Piovezan, CEO da Dimensa, em comunicado.

Caio Bretones e Caio Lopes, da Mobile2you, comprada pela Dimensa (Reprodução/LinkedIn)
Caio Bretones e Caio Lopes, da Mobile2you, comprada pela Dimensa (Reprodução/LinkedIn)

Para quem não se recorda, a Dimensa é fruto da união entre Totvs e B3, anunciada em julho de 2021 e aprovada em outubro pelo Cade e CVM. Para o negócio, a B3 fez um aporte primário de R$ 600 milhões, passando a deter 37,5% da nova companhia.

Em paralelo, a Totvs também vem expandindo sua vertical techfin, cuja receita mais do que dobrou nos nove primeiros meses de 2021, contra igual intervalo de 2020, conforme os resultados mais recentes divulgados pela companhia.

Já a B3 também vem se movimentando para não perder o “bonde da fintechzação”. Em outubro último, a empresa assinou um cheque de R$ 10 milhões para a techfin brasileira Pismo, que oferece uma plataforma de processamento para emissão de cartões, contas digitais, gerenciamento de marketplaces e outras soluções de pagamento.​

São movimentações como essas, algumas de consolidação, que indicam o cenário da nova lógica financeira, como escreve Bruno Diniz em seu novo livro de mesmo nome. Um setor que assiste à entrada de players não financeiros, acirrando a competição e ampliando a oferta para os consumidores, de maneira cada vez mais invisível e contextual.

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