Games sem fronteiras: Bexs fecha parceria com Coda Payments

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Não há dúvidas sobre o crescimento substancial do mercado de games mundo afora, inclusive no Brasil. O país é o maior mercado em receitas de jogos na América, o 12º no mundo e movimentou US$ 2,3 bilhões no ano passado, segundo a Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos). A exportação de games brasileiros, por sua vez, cresceu 7x em 2021.

O Bexs, banco de câmbio e pagamentos digitais, acaba de ingressar no setor por meio de uma nova parceria com a Coda Payments, anunciada em primeira mão ao Finsiders. Fundada em Singapura, a Coda Payments opera a Codashop, marketplace global de games e moedas de jogo, que oferece mais de 300 métodos de pagamentos e é visitada mais de 90 milhões de vezes por mês globalmente.

Desde 2019 no Brasil, a empresa tem uma base de usuários de 500 mil consumidores no país, que compram com recorrência na plataforma. Há dois meses, lançou a Codacash no país, uma carteira digital que oferece cashback a cada recarga de jogos.

A partir de agora, a Coda Payments passa a utilizar a solução de câmbio via APIs, chamada FX API, a mesma utilizada pela B2W, para pagamentos de sellers internacionais que vendem no marketplace Americanas Mundo. Com o acordo, o câmbio passa a ser embutido (olha o ‘embedded FX’ aí!) na carteira digital da empresa.

“A ideia é tornar a operação de câmbio tão eficiente que se torne tão imperceptível. E, claro, de maneira segura e seguindo todos os processos de câmbio”, explica Vinicius Vieira, diretor de desenvolvimento de negócios do Bexs, com exclusividade ao Finsiders. “Temos atuação forte com plataformas como TikTok e Kwai. Agora é a nossa entrada no universo gamer.”

Com a parceria entre as empresas, o público gamer brasileiro passa a contar com diversos meios de pagamento locais, como Pix, Ame Digital, PicPay, Mercado Pago e transferência bancária. A experiência se torna, assim, mais fluída, sem a necessidade de adicionar dados de cartão de crédito. Hoje em dia, por exemplo, muitos jogos ainda são vendidos por meio de cartão internacional, o que restringe o acesso de grande parte da população jovem brasileira.

“A gente entende que esse processo facilitado pode reter e fidelizar o cliente”, diz Vinicius. No curto prazo, a meta é um aumento de até 10% na base atual de clientes da Codashop no Brasil, hoje com 500 mil consumidores.

Em breve, a parceria será expandida, ainda, para outras frentes de atuação com o processamento de pagamentos vindos de fora para o Brasil (payouts) operados pela Bexs Pay, braço de pagamentos cross-border do Bexs.

“Uma coisa é certa: com essa parceria, independentemente do modo de pagamento, nossos usuários e os clientes do Bexs poderão fazer recargas à vontade e sem preocupações”, diz Raphael Negrão, gerente de marketing da Codashop no país.

Evolução

Fundado em 1989 como corretora Didier&Levy, o Bexs evoluiu para banco de câmbio em 2010. De lá pra cá, vem se transformando num contexto de maior digitalização da economia e, claro, das transações financeiras. Entre os parceiros estão empresas como Ebanx, Americanas, Avenue Securities, TikTok, Kwai e outras companhias.

Em 2018, o banco de câmbio criou o Bexs Pay, braço de pagamentos cross-border que mais do que dobrou o volume transacionado em 2021, contra o ano anterior. No fim do ano passado, lançou ainda uma solução de câmbio as a service (CaaS), que pode ser conectada a diversas plataformas via APIs, conforme o Finsiders contou com exclusividade.

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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