Para Vórtx e QR Capital, o futuro do mercado de capitais é 'tokenizado'

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Oito meses depois da aprovação no sandbox da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), acaba de entrar em operação a Vórtx QR Tokenizadora, uma plataforma de negociação de ativos tokenizados, fruto de uma joint-venture (JV) entre a Vórtx, fintech de infraestrutura para o mercado financeiro e de capitais, e a QR Capital, holding com foco em blockchain e criptoativos. O lançamento foi feito nesta quarta-feira (1º) em evento no Teatro B32, na Faria Lima.

A empresa vai transformar valores mobiliários em tokens, que são representações digitais de ativos financeiros usando a Hathor Network, uma rede de blockchain criada por engenheiros brasileiros e com capacidade para processar 200 transações por segundo. É a partir dessa infraestrutura que nascem os primeiros valores mobiliários digitais do mercado de capitais nacional. A custódia dos tokens é feita pela Parfin, que tem a Vórtx como uma das investidoras.

“Criamos uma plataforma ‘full service’, que atua desde a emissão, passando por escrituração, liquidação e negociação dos ativos”, explicou Alexandre Assolini, cofundador e executive chairman da Vórtx, durante o evento, apresentado por Pablo Spyer, conhecido pela expressão “Vai, Tourinho”, que até deu nome à sua empresa de educação financeira.

A plataforma nasce com duas operações — uma com debêntures e outra com cotas de um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) lastreado em bitcoin, o primeiro do gênero no mercado brasileiro.

Pelo projeto aprovado no sandbox, a tokenizadora poderá selecionar 12 emissores nesse ambiente experimental, tendo que se restringir a operações com debêntures e cotas de fundos de investimento fechados, como FIDCs e FIPs.

“A gente funciona como um catalisador, em conjunto com a CVM”, disse Thiago Schober, head de desenvolvimento de novos negócios da Vórtx QR Tokenizadora. “Temos demanda forte para operações com CRI [Certificado de Recebíveis Imobiliários], CRA [Certificado de Recebíveis do Agronegócio] e notas comerciais. São os próximos passos que, se forem permitidos pelo regulador, vamos disponibilizar em termos de plataformas. O caminho é longo.”

As primeiras debêntures tokenizadas — outra estrutura inovadora no mercado de capitais local — foram emitidas pela Salinas Administração e Participações, em uma operação de R$ 74 milhões, com prazo de seis anos e remuneração de CDI + 3,90%, subscrita integralmente pelo Itaú BBA, coordenador da emissão — uma oferta com esforços restritos sob a instrução CVM 476. “É um crédito que conhecemos muito bem e gostamos de carregar”, disse Caio Viggiano, managing director de renda fixa do banco de investimento, em coletiva.

A segunda emissão foi de cotas do QR Rispar Crédito Cripto, um FIDC gerido pela QR Asset Management que vai investir em CCBs (Cédulas de Crédito Bancário) garantidas por bitcoin. Os empréstimos são feitos na plataforma da Rispar, uma fintech de crédito com colateral em bitcoin, que atua como correspondente bancário, e que faz parte do mesmo grupo da QR Asset.

“É uma operação de crédito inovadora no Brasil, mas que existe fora do país. Trata-se do primeiro fundo de investimento tokenizado no Brasil. Lançamos ontem as cotas do fundo”, afirmou Fernando Carvalho, CEO da QR Capital. O fundo larga com R$ 8 milhões já levantados com investidores institucionais, mas pode captar até R$ 100 milhões.

Na tokenizadora, as atividades são executadas diretamente pelos investidores ou emissores, e coordenadores e distribuidores (corretoras e DTVMs) são parceiros na iniciativa, segundo Alexandre, da Vórtx. “Se pudermos nomear um inimigo hoje em dia, eu diria que é o prêmio de liquidez”, afirmou. “Em geral, os tomadores pagam um prêmio de liquidez de 1,5% a 2% ao ano, e isso é muito para as companhias se financiarem via mercado de capitais. Com ajuda dos DCMs e distribuidores, queremos que esse prêmio de liquidez desapareça ao longo do tempo.”

Para Fernando, da QR Capital, a adesão dos participantes do mercado é fundamental para que o projeto, de fato, ganhe força e não seja uma iniciativa isolada. “Do lado da distribuição, temos um desafio hercúleo de conexão via APIs com as 164 DTVMs e CTVMs que existem no mercado brasileiro. Já temos os primeiros projetos encaminhados com DTVMs”, afirmou.

Os executivos evitam fazer projeções sobre volume financeiro em operações na tokenizadora. “Temos limitação de 12 emissores, o que quer dizer que posso ter mais 10 emissões, que podem ser de fundos ou de debênture. Não temos limitação de investidores, nem de volume financeiro, vai depender da capacidade de originação”, explicou Juliano Cornacchia, cofundador e CEO da Vórtx. O foco, no ambiente de testes, são investidores qualificados e profissionais. “É um público mais investidor de mercado de capitais, que está acostumado a aplicar em debêntures e cotas de fundos fechados.”

Mercado

Nesta jornada de transformação do mercado de capitais com novas tecnologias, como blockchain, a Vórtx QR Tokenizadora não está sozinha. Fundada há um ano, a Liqi atua com tokenização de ativos e em março deste ano colocou no ar sua própria corretora de cripto, dois meses depois de ter anunciado uma rodada Séria A de R$ 27,5 milhões liderado pelo Kinea Ventures, o CVC do Itaú Unibanco.

A Virgo quer também uma fatia do bolo e se posiciona como uma “CMITech (Capital Markets Infrastructure Tech)”, com um ecossistema de serviços e soluções financeiras para o mercado de capitais. Em setembro do ano passado, a empresa vendeu uma fatia minoritária do negócio para a XP. O segmento de tokenização de ativos tem, ainda, players como o Mercado Bitcoin com a MB Digital Assets, e a PeerBR, do grupo GCB.

A B3, inclusive, está de olhos bem abertos para esta nova realidade da tokenização e ativos digitais. Ainda este ano, a companhia vai permitir a negociação de contratos futuros de bitcoin, conforme disse André Milanez, CFO da empresa, em teleconferência para apresentar os resultados do primeiro trimestre. Há estudos, ainda, sobre uma plataforma para tokenização de ativos, negociação e custódia de criptoativos.

Perguntado pelo Finsiders sobre competição, Juliano, da Vórtx, diz acreditar que o futuro do setor é ter interoperabilidade entre os agentes. “Quando olho iniciativas como Liqi, Virgo e outras, o cenário que vejo é de interoperabilidade”, afirmou. “O que estamos criando de diferente é que fomos para o caminho junto com o regulador. Deu mais trabalho, mas é um caminho inevitável estar dentro do ecossistema do regulador.”

Potencial não falta para a evolução do mercado de capitais. No ano passado, as emissões de companhias brasileiras somaram quase R$ 600 bilhões (R$ 596 bilhões, para ser mais exato), o maior resultado da série histórica, iniciada em 2012, conforme dados da Anbima. Em renda fixa, as debêntures se destacaram, com um volume de R$ 253,4 bilhões, mais do que o dobro em relação ao registrado em 2020. 

Sobre possíveis sinergias entre a tokenizadora e o Basement — que também entrou no sandbox, com um projeto de escrituração de valores mobiliários —, Juliano diz que as empresas estão “trabalhando em integrações” para a tokenizadora. “No futuro, quando passar os 24 meses dos títulos de renda fixa e cotas de fundos no sandbox, e o mercado se abrir para equity, vai precisar ter controle dos investidores de maneira diferente do que se tem hoje”, afirmou.

Na semana passada, em sua segunda aquisição depois da Série B, a Vórtx anunciou a compra do Basement, que tem uma plataforma de gestão de captables e programas de stock options. A operação completou ainda mais o ecossistema da Vórtx, que tem ainda a Simplific Pavarini, um dos mais tradicionais agentes fiduciários do país, e a Investtools, que desenvolve tecnologia para gestoras de recursos, corretoras e DTVMs.

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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