RADAR: Fenasbac abre inscrições para aceleração Next e BB lança programa de inovação

Nos destaques do Radar do Finsiders, a abertura de inscrições para o programa de aceleração Next, da Fenasbac, e a queda no uso de cheques

Inscrições abertas para o Next, da Fenasbac

A Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) está com inscrições abertas para a segunda edição do Next, programa de aceleração de fintechs com alto potencial de crescimento. Os interessados têm até 13 de fevereiro para se inscrever no processo seletivo, que é dividido em três etapas: aplicação online, entrevistas técnicas e pitch day. A divulgação do resultado sai em 8 de março.

Para o batch 2, o Next busca projetos inovadores relacionados a fluxo financeiro internacional via blockchain; inclusão financeira com infraestrutura em blockchain; novos fluxos de pagamentos em registros distribuídos; uso de inteligência de dados para redução de inadimplência; inteligência artificial para dados do Open Finance; projetos de infraestrutura para o real digital e stablecoins; além de projetos de tokenização e gestão completa de ativos digitais.

Entre os mentores do Next estão nomes de grande relevância para a área, como Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, Erik Oioli, Managing Partner na VBSO Advogados, Courtnay Guimarães, Blockchain Chief Scientist na Avanade, Diego Perez, presidente da ABFintechs, Martha de Sá, CEO da Vert Capital, Keiji Sakai, investidor e advisor da Bolsa OTC, Carlos Augusto de Oliveira, CEO da Certdox, Jihane Halabi, fouding partner do Halabi Advogados, e Giresse Contini, diretor de Canais Digitais da Serasa.

Na primeira edição do Next, realizada em 2022, foram 60 inscrições, mais de 90 horas de mentorias, 200 horas de atividades, 60 conexões com o mercado e seis projetos pilotos. O programa é mantido por organizações como Mercado Bitcoin, Elo, Sinqia, Nuclea (antiga CIP) e Finansystech.

BB lança programa de inovação com a Liga Ventures

O Banco do Brasil (BB) abriu hoje (24) inscrições para um programa de inovação, chamado People Innovation, em parceria com a Liga Ventures, rede de inovação aberta. O BB busca startups que contribuam para a aceleração digital e a transformação cultural do banco em gestão de pessoas, um dos focos de desenvolvimento e modernização do conglomerado. As inscrições vão até 26 de fevereiro.

O objetivo do programa é encontrar soluções inovadoras que aproximem o RH do BB do ecossistema de inovação aberta e da experiência do funcionário, a fim de potencializar a evolução das políticas e práticas de gestão de pessoas do BB e de endereçar os desafios de um mercado de trabalho em acelerada transformação.

As startups que se inscreverem serão desafiadas a propor soluções em people analytics e integração de dados; futuro da alocação de pessoas; comunicação clusterizada e humanizada; desempenho e experiência dos funcionários; ampliação e modelagem de experiências e health analytics.

Uso de cheques cai 94% desde 1995

O cheque ainda existe? Sim, senhor. No ano passado, foram compensados 202,8 milhões de documentos, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A quantidade representa uma queda de 7,3% em relação a 2021. Já na comparação com 1995, início da série histórica, o volume de cheques compensados caiu 94%.

“Atualmente, sete em cada dez transações bancárias no país são feitas pelos canais digitais (internet e mobile banking), reflexo da comodidade, velocidade e segurança oferecidas por estes meios de pagamentos. Soma-se a isso também o Pix, que ao longo de dois anos de funcionamento, se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros”, disse Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, em nota.

Apesar da redução do número dos cheques compensados em 2022, o total do volume financeiro dos documentos permaneceu estável, passando de R$ 667 bilhões em 2021 para R$ 666,8 bilhões no ano passado. Nesse mesmo intervalo, o valor médio aumentou de R$ 3.046,52 para R$ 3.257,88.

“Os números mostram que a população está usando o cheque para transações de maior valor, enquanto o Pix é utilizado como meio de pagamento para transações de menor valor, por exemplo, em compras com profissionais autônomos, e também para acertar pequenos débitos familiares ou entre amigos”, afirmou Walter.

PicPay bate R$ 10 bilhões de saldo em carteira

O PicPay anunciou que atingiu R$ 10 bilhões de saldo em carteira, número que é 56% maior do que o mesmo período do ano passado. O volume teve um “empurrãozinho” da funcionalidade de “cofrinhos”, que permite aos usuários a guardarem dinheiro para seus objetivos.

Em um mês de lançamento do recurso, cerca de 500 mil “cofrinhos”, informou o PicPay. Cerca de 400 mil usuários guardaram em média R$ 960 com o objetivo principal de guardar dinheiro e viram o montante render diariamente 102% do CDI. A ferramenta começou a ser liberada gradualmente no mês passado e já está disponível para toda a base.

O principal objetivo, com os “cofrinhos”, é “guardar dinheiro”, objetivo de 35% dos usuários. A segunda meta mais buscada é fazer uma “reserva de emergência” (18,7%). Em seguida, aparecem “outro objetivo” (18,2%), “comprar carro” (8,3%), “viajar (8,1%), “comprar um celular” (5,1%), “reformar a casa” (4,3%) e “estudos” (2,3%).

Tanto o montante guardado como o saldo são depositados automaticamente em um CDB com liquidez diária e não têm limite de valor. O recurso é protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) — para valores até R$ 250 mil. Até o fim de dezembro, mais de 22 milhões de usuários mantiveram seus recursos no PicPay.

“O crescimento do saldo e da adesão mostram como a base está empenhada nessa missão e como os ‘cofrinhos’ podem contribuir para o PicPay ser a primeira opção dos usuários quando o assunto é dinheiro”, disse Pedro Romero, responsável pela unidade de negócio de serviços financeiros para pessoa física, em nota.

Banco Central da Europa não vai programar euro digital

O euro digital, moeda digital que o Banco Central da União Europeia (BCE) está estudando “não será nunca um dinheiro programável. O BCE não definirá limitações sobre onde, quando e para quem as pessoas podem pagar com o euro digital. Isso seria equivalente a um voucher. E bancos centrais emitem dinheiro, não vouchers”, disse Fabio Paneta, membro do conselho de administração da instituição numa audiência no Parlamento Europeu.

O bloco está finalizando o protótipo do euro digital – o que pode acontecer no meio do ano e a previsão é de que no segundo semestre de 2023 a UE concluirá os estudos. Daí, entrará na fase de desenvolvimento e testes de soluções técnicas e de arranjos de negócios. A decisão para sobre se será emitido o euro digital será mais tarde >> Leia a matéria completa sobre este assunto no portal Blocknews, parceiro de conteúdo do Finsiders.

*A seção Radar publica uma curadoria de notícias curtas e relevantes sobre aportes, operações de M&A, parcerias, lançamento de soluções, entre outras novidades que interessam ao mercado de fintechs.

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