O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (3) no 4º DrumWave Day que a coleta, organização e monetização de dados é uma consequência natural da agenda de inovação proposta pela autoridade monetária. “Em um ano ou dois, vão surgir aplicativos que vão funcionar como agregadores financeiros”, afirmou. A partir daí, então, as informações poderão ir para carteiras digitais (wallets), que por sua vez vão viabilizar às pessoas ganharem dinheiro com seus dados. O deputado federal Arlindo Chinaglia, do PT-SP, enviou ao Congresso em 1º de novembro um projeto de lei complementar para regulamentar essa prática.
“Nosso objetivo é ampliar o acesso dos cidadãos ao sistema financeiro, promover a competição, aumentar a segurança e reduzir custos”, disse Campos Neto, repetindo a mensagem de sempre. “Dentro de no máximo dois anos todos os blocos devem estar funcionando integrados, e os bancos vão disputar entre si para ser o canal agregador da vida financeira do cliente”. Depois disso, vem a monetização dos dados – e é aí que entra a DrumWave.
“Primeira tentativa“
O projeto de Lei Complementar 234/2023 institui a Lei Geral de Empoderamento de Dados. Ele dispõe sobre o Ecossistema Brasileiro de Monetização de Dados, altera a Lei Complementar nº 111, de 6 de julho de 2001, e as Leis nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, nº 10.833, de 29 de dezembro de 200, nº 12.965, de 23 de abril de 2014, e nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, e dá outras providências.
“Esta é a primeira tentativa regulatória para estabelecer direitos de propriedade de dados”, disse o CEO da DrumWave, André Vellozo, durante o evento. “Estamos divulgando a ideia da propriedade de dados pessoais há dois anos e temos muita gente conosco, de feras da tecnologia e bancos centrais. Vai ser um grande ‘game changer’“, previu.
Leia a reportagem completa no site parceiro Fintechs Brasil.
Veja também:
Projeto propõe lei para ‘finanças abertas’, com direito até a ‘conselhão’; especialistas são contra
O Open Data bate à porta — e a DrumWave está preparada
‘Super app’ será desenvolvido pelo mercado, diz diretor do BC
Presidente do BC prevê carteira de dados e economia tokenizada