A Transfeera, plataforma de gestão e processamento de pagamentos, aguarda autorização do Banco Central (BC) para virar instituição de pagamento (IP) e está reforçando sua estratégia de marketplace banking. Novos produtos e serviços — próprios e de terceiros — devem ser lançados em breve, diz Guilherme Verdasca, CEO da fintech, à Finsiders.
Capitalizada, a startup catarinense transacionou R$ 415 milhões no último trimestre e prevê fechar o ano com faturamento de R$ 4 milhões, o dobro em relação a 2019. O planejamento aponta para essa receita, mas o empreendedor não descarta número maior, dado o ritmo de entrada de novos clientes e contratos.
“Provavelmente vamos dobrar o faturamento ou até fazer um pouco mais.”
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Na semana passada, a empresa anunciou uma rodada de cerca de R$ 3 milhões, liderada pela Goodz Capital com participação da Bossa Nova Investimentos. Honey Island e Curitiba Angels, que já investiam na fintech, acompanharam o round.
Marketplace banking
Com o dinheiro, a Transfeera está acelerando sua tese de marketplace banking, adicionando novas soluções para os clientes, como cartão, crédito, antecipação de recebíveis. Os primeiros produtos ainda não estão fechados, mas Verdasca diz que há conversas e negociações com fintechs em andamento.
Em paralelo, a fintech acaba de contratar Arthur Negrão, gerente sênior de produtos do Ebanx, além de alguns desenvolvedores que trabalhavam em empresas como a Stone.
“Estamos com 25 funcionários e devemos chegar ao fim do ano que vem com 70 pessoas.”
Com mais de 180 clientes, entre eles iFood, Rappi e Catarse, a fintech tem crescido a base de forma acelerada. Para se ter uma ideia, em agosto, eram 160 clientes. A maior parte é empresa de tecnologia, marketplace, fintech e subadquirente.
Ex-ContaAzul
Hoje a Transfeera oferece dois serviços: validação bancária e processamento de pagamentos. “Qualquer empresa que tenha necessidade de operacional de pagamento, fazemos bem”, diz. A empresa também espera operar dentro do Pix como participante indireto a partir de dezembro.
Criada em 2017, a Transfeera foi fundada por Guilherme Verdasca, Fernando Nunes e Rafael Negherbon, todos ex-funcionários da Conta Azul. A primeira dor que os três queriam resolver era a tarifa de TED, simplificando os pagamentos para operações 24 por 7.
Aos poucos, os empreendedores notaram que a necessidade maior era de empresas, que pediam APIs de integração bancária. “Faltava integração entre sistema financeiro e os bancos, automatização desses processos. O dado não vem tão limpo a ponto de conseguir eficácia”, explica.
A fintech passou pelo programa Startup SC, do Sebrae-SC, e no ano passado integrou a turma do Programa de Aceleração Visa. Neste ano, a empresa foi selecionada para participar do Scale-Up Endeavor.
